Diogo Arruda
Sou publicitário por formação e, muito antes disso, poeta por hobby e vida! Agradeço a oportunidade de conhecer minha arte e se gostar, pensar em alguém, tiver algum pensamento ou abstração válidos... compartilhe e leve a arte adiante. Axé!
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terça-feira, 11 de agosto de 2015
Estrela Azul
Nos olhos
reflete um oceano.
A boca não olho
pra evitar engano.
No rosto
o gosto maduro doce.
Ouvir
paciente e entusiasmante.
A mente
rica como o oriente.
O peito
complexo por tudo que sente.
Cabeça
erguida suavemente.
Cabelos
como raios do Sol nascente.
Os pés
calejados como mel.
Braços
dados com a vida
As sobrancelhas
ao menos, dispam seu desejo.
O corpo
num pestanejo,
todo, o beijo.
D.A.M.A.
terça-feira, 7 de julho de 2015
Segue o poeta
O poeta fala de amor
com vontade de conhecer.
Inspirado na dor que sente
sem nem mesmo sofrer.
Estampa no corredor
da cidade vazia.
Vocifera no anonimato da madrugada
e esquece durante o dia.
Inspiração, inspiração...
Mais alguém procurando?
Devaga nos seus amores
surgindo e morrendo.
Se matando e renascendo sem dores,
insone, sentindo acontecer.
Se cala mas não se propõe
a falar sem dizer.
Cansando, repetindo mais que o nome,
quanto tem a oferecer.
Amolado e gasto
se fingindo a mercê,
o aguçado fio da navalha.
Marejando no desafio profundo
da própria personalidade.
Observando, lá no raso,
a mansidão das meias verdades.
Ciente dos desafios
pro marujo superar,
porque não sabe desviar.
Diogo Arruda
Rir e vir
Rimar, rir
desse acerto em errar.
E rir, rimar
vir de volta, desse mar.
Martire desse não amar,
rir de amar.
E perder o sentido do rir (mar)
Sóbrio desse viver
sem vir.
Virtude que não me vejo ter
sem rir.
Sufoco que é meu viver,
de rir.
Pra vir,
sentir sem pensar,
navegar em si.
Nesse mar de amar
sem ti.
Flutuar nesse marasmo
sem onda nem despertar.
O marinheiro é sozinho no mar,
mais nada.
Cada remada...
sem nada pensar
abraçado no mar
marejado de ir e voltar
e rir.
Diogo Arruda
Gato fadado
Pardo, como todo gato
nas noites dos sobressaltos.
Aparentemente desastrado.
Disfarçados, os olhos virados,
mirando o ato, miando alto.
Espanta, seu brilho repentino,
camuflado, despontando
na sombra da matina.
Rodeando a matilha,
no seu instinto ritmado.
O bigode enjoado,
pestaneja ouriçado
na gataria lotada.
Feito vagalume envenenado
pela pista enfumaçada.
Gato escaldado,
quando a noite vira dia,
solvendo sua magia.
Esgueira-se pelos muros,
esguio e difuso,
procede em sua guia.
Diogo Arruda
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